domingo, 30 de julho de 2017

Poesia


Quero dividir com voces esse lindo poema da MARAVILHOSA poetiza ,atriz e tambem cantora Elisa Lucinda.
É simplesmente tudo que eu gostaria de ter escrito.

De Elisa Lucinda
Da chegada do amor


Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que sua estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse.

Um amor incondicional


Queria tanto que no mundo a maioria das pessoas pudessem ter por um animal, no minimo 1% de todo amor, respeito e dedicação, alegrias e carinho que eles nos oferecem .
Hoje acordei muito triste por ter perdido um cachorrinho que apesar de não mais conviver comigo, me trouxe muitas alegrias enquanto fez parte de meus dias.
Há 2 anos ele se mudou para outro lugar com minha mãe e minhas irmãs, mas sempre que eu ia visitá-los, ele me recebia com seu rabinho cotó abanando e me dizendo nos olhos que minha presença era bem vinda.
São lembranças que ficarão para sempre em minha vida e hoje isso tudo me passou entre lágrimas como num filme desde que soube que ele tinha partido nessa madrugada passada.

Mas quero mesmo que fique para sempre em minha vida e nas minhas memórias, as coisas boas que ele me trouxe... desde pequenino quando tão miudinho brincava embaixo da mesa de centro lá de minha casa.
Ou das vezes que sorrateiramente subia na minha cama e pegava meu ursinho de pelúcia e corria com ele na boca desajeitado, pois o ursinho mesmo pequeno, conseguia ser ainda maior que ele ..rs
Enfim são coisas e sentimentos que me pegam nessa hora em que meu coração só quer dizer : OBRIGADA POR TER EXISTIDO !
ADEUS TOY!
E sei que agora você está muito feliz e brincando junto de seus amiguinhos no céu dos bichinhos .


Rosangela

PESSOAS QUE MACHUCAM SEM BATER


Vou deixar com vocês um texto muito importante que acabei de ler, da maravilhosa escritora e cronista (que aliás é uma excelente analista do comportamento humano) Martha Medeiros:


"É fácil deixar uma pessoa emocionalmente em frangalhos. É só mirar no peito e atirar com palavras. Um dos maiores dramas femininos é a violência dentro de casa.Milhares de mulheres apanham do marido e do namorado. Não importa se são pobres ou ricas, analfabetas ou cultas: apanham uma, duas, três vezes e, em vez de fazerem a malinha e darem um novo rumo às suas vidas, mantêm-se onde estão, roxas e orgulhosas. A maioria suporta a situação porque não tem como se sustentar, não tem para onde levar os filhos, elas estão nesse mundo sem pai nem mãe. Mas há outro motivo curioso: muitas mulheres encaram a surra como um contato íntimo. Na falta de um beijo, aceita-se um tapa. Dói, mas ninguém pode dizer que não existe uma relação a dois. É uma maneira masoquista de se fazer notar, de não se sentir ignorada pelo companheiro. Apanho,logo existo. Que é medieval, nem se discute. Mas a humanidade convive há séculos com essas armadilhas, com essas cenas em que cada um interpreta como lhe convém.


Podemos nos apiedar de quem sofre maus tratos em nome desse amor fora dos padrões, mas a verdade é que apanhamos todas, todos.


Diga aí quem nunca machucou, quem nunca foi machucado, mesmo sem trazer marcas visíveis. Algumas pessoas são experts em não deixar cicatrizar velhas feridas, em fazer dor no ponto frágil.


Insinuações doem, acusações injustas doem, desapego dói, indiferença, então. É justamente dentro das relações mais íntimas que se obtêmas melhores armas. A vulnerabilidade é terreno fértil para surras psicológicas. Sabemos como reage nosso cônjuge, o que costuma ferir nosso irmão, onde nossos amigos fraquejam. Basta uma frase, uma ironia, e o abatemos. Deixar uma pessoa emocionalmente em frangalhos não é passível de condenação.


Não é crime,não deixa marcas de sangue no tapete. Mira-se no peito, atira-se com palavras, e os estilhaços caem para dentro. A violência física não tem essa premeditação. Ela caracteriza-se pela falta absoluta de controle. No momento em que se agride alguém com socos e pontapés, atravessa-se a fronteira do racional: vigora a degradação, a selvageria, o fim da civilidade.


Por isso, preferimos a agressão verbal, que, apesar de também machucar, ao menos mantém a ordem.


O ideal, no entanto, seria escaparmos ilesos de qualquer brutalidade e convivermos apenas com abraços, sorrisos e palavras gentis, coisa que acontece apenas entre quem mal se conhece.


A ternura full time só é comum entre pessoas cujas vidas não se misturam, não trazem consequências uma para a outra.


Já a intimidade permite que a mágoa brote, transformando rancor em munição.


Mike Tyson ao menos ganhava bem para bater e levar. Fora do ringue, todo mundo perde."


(Martha Medeiros)

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